quarta-feira, 22 de setembro de 2010

E a "desresposta" do campo majoritário da gestão

Como já era de se esperar, a parcela majoritária da gestão não respondeu as críticas colocadas em nosso texto de balanço. Recorreram aos mesmos expedientes de sempre, com os quais já estamos acostumados depois de quase um ano compartilhando dessa espinhosa estrada. As nossas ponderações foram classificadas como "picuínhas que dizem respeito somente à disputa eleitoral", ao mesmo tempo em que nós, os autores das críticas, fomos desqualificados como aqueles que estão afastados "das atividades mais cotidianas" e com "indisposição" para a unidade.

Nada mais falso. A atuação dos companheiros reproduz uma lógica produtivista, meritocrática e utilitarista de atuação no movimento. Os que "fazem" mais (eles, é claro) têm, por uma questão de "mérito", o direito de falar o que quiser. A nós é reservada uma posição passiva de inserção no grupo, quando somos um meio útil para que eles consigam atingir o fim que desejam.

Não entrarei no mérito de que fim é este, até porque respeito os companheiros do coletivo Romper o Dia!, só não abro mão do direito de expressar as minhas concepções e convicções. Fico triste apenas de ver a assinatura de pessoas independentes muito razoáveis, como é o caso do Rafael Silveira (o "Jim") e do Marcos Campos. Eles em nada têm a ver com a parcela majoritária a qual nos referimos sempre tão duramente.

Ah, uma última observação: o texto foi digitalizado porque não houve divulgação eletrônica dele, nem prévia nem posteriormente à publicação. Na verdade, a distribuição foi bastante localizada, e conseguir um exemplar foi já uma tarefa bastante árdua. Queriam fugir à documentação. Não foi possível, aí está. Divirtam-se.

Um comentário:

  1. Para fazer justiça com relação a dois pontos: (1)Esqueci de mencionar Paula Kaufmann como independente razoável. E ela é. Espero não ter me esquecido de outros. (2) E o título do balanço acima é até bastante espirituoso, tenho de reconhecer, embora seja a maior das provas de que não entenderam nada das nossas críticas.

    ResponderExcluir