segunda-feira, 29 de setembro de 2008

O que fazer no dia 5 de outubro?

Quatro minutos que podem valer quatro anos

O título deste texto, se associado às freqüentes propagandas da Justiça Eleitoral para que os brasileiros entendam a importância do voto, pode dar a idéia de que o assunto aqui abordado será política. Mais precisamente, as eleições do próximo dia 5 de outubro. E é isso mesmo. Mas, antes de abandonar a leitura, volte ao título: são quatro míseros minutos que podem valer quatro longos anos. Ou até mesmo muito mais. Acredite, vale a pena ir até o fim.

Poderia dizer que este é um manifesto de declaração de apoio a uma determinada candidatura. Mas não é só isso. É uma carta aberta a todos os amigos, parentes, conhecidos e também desconhecidos. É um pedido para que utilizemos este momento que antecede as eleições para reflexão. É um chamado ao voto consciente. Já estou cansado – e espero do fundo do coração não ser o único – a acompanhar a promiscuidade que impera no cenário político nacional. De mensaleiros e sanguessugas a defensores de corruptos, como Daniel Dantas, e de latifundiários que utilizam mão-de-obra escrava ou semi-escrava e destroem o meio-ambiente. Não estou aqui para defender a política como hoje ela funciona, é bom deixar claro, nem os políticos que aí estão. Muito pelo contrário, repudio-os em sua grande maioria como quase todo mundo.

Como membro militante do Partido Socialismo e Liberdade (PSOL), acredito na política como meio de transformação da realidade – para melhor, sempre. Para que vivamos em uma sociedade em que as pessoas tenham acesso a condições dignas de vida e cooperem umas com as outras, é necessário que nos organizemos em torno de um projeto alternativo, diferente daquele que é adotado hoje por aqueles que estão no poder e não nos representam. Para tanto, é necessário que estejamos ligados ao que acontece na vida política, que participemos ativamente dos acontecimentos da vida pública. E, mais importante nesse momento, é preciso que apoiemos alguém de nossa confiança para substituir os parasitas que infestam os nossos parlamentos e sugam o dinheiro público, justamente aquele que deveria ir para hospitais, escolas e creches – o que todos prometem, da boca para fora, melhorar. É macabro, mas existem pessoas capazes disso e de coisas muito piores.

Os beneficiados pela atual maneira de fazer política são sempre os mesmos. Para o povo, quando muito, migalhas. Bolsas-isso e bolsas-aquilo. Mas a raiz do problema continua intacta, sem ser atacada. Candidatos, cujos partidos vieram da ditadura, se tornaram “democratas”. Há quem já foi governador e quase nada fez ou quem foi prefeita e muito mais poderia ter feito. No horário eleitoral, entretanto, são todos arcanjos dignos de receber o nosso voto. Se não vivêssemos em São Paulo, mas em outro planeta, talvez acreditássemos nas mentiras ditas a todo o momento, sem que os mentirosos sequer tremam ou fiquem vermelhos. Não estamos no Paraíso, e os que tentam nos vender essa idéia são precisamente aqueles responsáveis pelo Inferno em que se encontram o trânsito, a educação, a saúde, entre outras tantas áreas.

Não quero pedir a ninguém que simplesmente vote em candidato A ou B. É preciso entender o porquê desse voto. Eu peço licença para apresentar as candidaturas de companheiros valorosos de luta por um mundo melhor. Estou falando de Ivan Valente, deputado federal e engenheiro, que é o meu candidato a prefeito, e Gilberto Cunha, geógrafo e professor universitário, que tem o meu voto para se eleger vereador.

Ambos representam uma visão diferenciada de política, em que esta esteja a serviço da transformação das condições de vida de toda a população, e não apenas da mudança de suas próprias condições. Trata-se de um projeto construído coletivamente, por mim inclusive. Propomos, ao contrário dos demais candidatos, um projeto diferente, que inverta prioridades. Como diz Ivan Valente, a nossa cidade não precisa de um novo gerente para o mesmo projeto, mas sim de um novo projeto. E a candidatura dele é a única que se propõe a essa difícil tarefa. Para desempenhá-la, é preciso coragem, e eles a têm. Mas é preciso também consciência e participação de nossa parte como cidadãos. Esta não se resume a apertar o botão no dia da eleição, ela significa entender a necessidade de mudança, significa cobrar e fiscalizar aqueles que se dizem os nossos representantes. Significa colocar o nosso tijolo na construção do mundo que acreditamos ser o ideal para nós e para as pessoas que nos cercam.


Gilberto Cunha 50550! <http://www.gilbertopsol.com.br/>

PSOL 50, um novo partido contra a velha política!

Um abraço e um beijo a todos e todas,
Max Gimenes
Núcleo Belém/Tatuapé do PSOL

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